Palavra do Padre


Nota Pública acerca do Cemitério Paroquial‏


Tendo em vista as más informações veiculadas pelo Sr. Tasso Franco no site "Bahia Já" e da consecutiva repercussão nas redes sociais acerca da retirada de árvores do Cemitério Paroquial, a Paróquia da Catedral Senhora Santana vem em público esclarecer o que se segue:
  • É mentirosa a afirmação de que nosso bispo, Dom Ottorino Assolari "determinou o corte de todas as árvores do cemitério local". A gestão do Cemitério Paroquial está a cargo da Paróquia da Catedral, atualmente administrada pelo Revº Pe. Evandro de S. Andrade. Sendo assim, o Bispo Diocesano não tem nenhuma participação, direta ou indireta, na retirada das árvores do cemitério o que torna as afirmações do Sr. Tasso Franco acerca do Senhor Bispo mentirosas e sem compromisso com a verdade.
  • Desde que assumi a Paróquia da Catedral, em 21 de janeiro de 2012, recebi várias reclamações de pessoas que vivem em Serrinha e visitam com frequência o cemitério (diferente daqueles que não moram em Serrinha e fazem críticas sem o envolvimento direto com a realidade) acerca do atual estado de três árvores (nenhuma delas centenária). A mesma reclamação era feita também por parte dos proprietários dos túmulos vizinhos às árvores. As reclamações vinham do fato das árvores estarem morrendo e pendendo com risco de queda e consequente perigo físico às pessoas que transitam pelo local e ao patrimônio particular.
  • Como responsável pelo Cemitério Paroquial e, por isso, levando em consideração o perigo oferecido por três árvores e, ao mesmo tempo, com o desejo de preservação do meio ambiente - como é praxe na Igreja Católica - solicitei à Secretaria Municipal de Meio Ambiente um estudo e parecer sobre as referidas árvores. Tal secretaria após sua análise e constatação do estado de morte das árvores, autorizou a retirada. Todo o processo foi devidamente legal e está documentado, inclusive com testemunhas.
  • Manifestamos aqui a nossa consternação em saber que ainda hoje, mesmo após a atual evolução do jornalismo, da civilidade e da importância do diálogo, ainda vemos profissionais da "informação" e meios de comunicação que preocupam-se mais em macular a imagem das pessoas do que verdadeiramente informar os cidadãos. Os equívocos apresentados pela matéria poderiam ter sido facilmente esclarecidos se o autor tivesse nos buscado e embasado seus fatos devidamente.
Mais uma vez reiteramos a nossa disponibilidade ao diálogo e a eventuais esclarecimentos. A Igreja Católica em Serrinha, como em todo o Brasil e no resto do mundo, quer ser servidora de toda a criação.

Serrinha, 12 de maio de 2014
Pe. Evandro de Santana Andrade


Celebrando o ano da fé

 No último dia 11 de outubro a Igreja celebrou o 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II, o grande evento da Igreja no século XX. Para celebrar essa data o Papa Bento XVI convidou-nos a celebrar um Ano da fé. Na verdade, desde o início do seu Pontificado o Papa vem enfocando a “necessidade de redescobrir o caminho da fé”. Chegou a hora de fazermos um sincero exame de consciência e enxergarmos a que ponto estamos no caminho da fé e aonde queremos chegar. Por isso, nós queremos aqui sugerir um itinerário, um caminho para aprofundarmos e vivermos de maneira sólida a nossa fé. Para isso, nos ajuda a experiência dos discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 13 – 35).
A experiência dos dois discípulos de Jesus que o seguiram, sofreram com sua entrega na Cruz e redescobriram a fé a partir da Ressurreição, aponta-nos um caminho de fé baseado em três passos: 1º) A escuta da Palavra; 2º) A celebração da Eucaristia; 3º) A participação na Comunidade.
Começando por Moisés e passando por todos os profetas, explicou-lhes as Escrituras (cf. Lc 24, 27). Jesus aproxima-se dos discípulos e, caminhando com eles, percebe seu desânimo, sua falta de fé. Mas a partir da pregação da Palavra o Senhor faz o coração deles arder. Não será verdade que também nós, por vezes, nos sentimos desanimados? Será que nunca passamos por momentos de crise de fé? Pois bem, o jovem de Nazaré ensina-nos que na escuta da Palavra o amor, a confiança, o compromisso com o Senhor pode ser reaceso. Como optar por Jesus Cristo se não o encontrarmos na Sagrada Escritura? São Jerônimo nos lembra que “ignorar as Escrituras é ignorar o próprio Cristo”. Pois bem, o primeiro passo no caminho da fé é a escuta da palavra.
Sentado à mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção, partiu-o e deu a eles. E seus olhos se abriram (cf. Lc 24, 30-31). Ouvindo a Palavra o coração ardeu e partindo o pão o reconheceu. Os sacramentos são os sinais, a manifestação da graça de Deus em nossa vida. E, dentre os sete sacramentos, sobressai-se a Eucaristia. A fé não é um conjunto de normas e de práticas, mas é o encontro com uma Pessoa. A fé é a experiência de amor com Jesus Cristo e, estando na Eucaristia a presença real do Senhor, a comunhão torna-se lugar do encontro com o nosso Amado. Já dizia o Beato João Paulo II: “o olhar da Igreja volta-se continuamente para o seu Senhor, presente no sacramento do Altar, onde descobre a plena manifestação do seu imenso amor”.
Levantaram-se e voltaram para Jerusalém, onde encontraram reunidos os Onze e os outros discípulos (cf. Lc 24, 33). Descobrindo Jesus na Palavra e na Eucaristia, os discípulos de Emaús perceberam que não podiam ser mais os mesmos, perceberam que não podiam viver distante dos discípulos de Jesus. Também nós, quando descobrimos o amor do Senhor, quando o conhecemos de verdade, quando fazemos uma experiência com ele, descobrimos que não podemos viver distante da comunidade. O Catecismo inicia dizendo Eu creio – Nós cremos, para nos lembrarmos da dimensão comunitária da fé. A comunidade é o lugar da fraternidade que vence o egoísmo, do encontro que vence a solidão, do perdão que vence a discórdia, do amor que vence o ódio. Por isso, alguns já disseram: fora da comunidade não há salvação.
Queridos leitores, é tempo de um renovado compromisso com a fé. Comprometamo-nos com a escuta da Palavra através de sua proclamação solene na liturgia, nos círculos bíblicos em comunidade, na Lectio Divina pessoal, nas experiências de escola bíblica, etc. Renovemos o nosso encontro com o Senhor com a celebração da Eucaristia dominical, na adoração eucarística como lugar do crescimento da piedade, na esmerada preparação das crianças para a primeira comunhão. Vivamos a nossa fé e o nosso encontro com o Senhor na participação na Comunidade vencendo o egoísmo, o individualismo e vivendo a fraternidade e a caridade.


Pe. Evandro de Santana Andrade
Administrador Paroquial

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